Quanto dá para ganhar anunciando no Airbnb no Brasil? Guia 2025

O aluguel por temporada via plataformas como o Airbnb tornou‑se um fenômeno no Brasil. Entre turistas buscando experiências autênticas e proprietários em busca de renda extra, a pergunta que mais se repete nos fóruns de anfitriões é: afinal, quanto dá para ganhar alugando um imóvel no Airbnb? A resposta não é única — os ganhos variam conforme localização, tipo de imóvel, taxa de ocupação, tarifa média e gestão. Neste guia completo, vamos analisar dados de mercado, exemplos reais e estratégias para você entender o potencial de receita ao anunciar no Airbnb no Brasil e como as soluções Guestfier podem ajudar a maximizar seus resultados.

Panorama do mercado de aluguel por temporada no Brasil

Receita média e ocupação

De acordo com uma pesquisa realizada pela plataforma Hostnjoy em 2024, a receita média mensal de um anúncio no Airbnb no Brasil foi de aproximadamente R$ 8.200, com taxa de ocupação média de 71 %. Esses valores são médias de milhares de anúncios e servem como referência para quem deseja iniciar ou expandir o negócio de aluguel de curto prazo. A mesma pesquisa aponta que o número de anfitriões continua crescendo — estima‑se que mais de 250 mil imóveis estarão disponíveis para locação na plataforma em 2025.

Embora o Airbnb seja reconhecido por possibilitar ganhos superiores aos do aluguel tradicional, nem todos os anfitriões obtêm o mesmo resultado. O desempenho varia conforme a gestão do imóvel, competitividade local, sazonalidade e as comodidades oferecidas. A Hostnjoy analisou o comportamento dos anfitriões e constatou que 35 % têm desempenho abaixo da média; apenas 23 % conseguem manter ocupação superior a 75 %; e 67 % dos iniciantes desistem nos primeiros seis meses. Esses números mostram que, sem estratégia e profissionalismo, é fácil ficar aquém do potencial do mercado.

Exemplo: São Paulo

Um estudo do site de análise de dados Airbtics sobre São Paulo revela como esses indicadores se traduzem na prática.

Segundo a plataforma, um anúncio típico de aluguel de curto prazo na cidade é reservado por cerca de 230 noites por ano (63 % de ocupação mediana), com tarifa diária média de US$ 43. Isso resulta em receita anual de aproximadamente US$ 9 mil, equivalente a cerca de R$ 45 mil por ano considerando a taxa de câmbio em torno de R$ 5 por dólar.

Para efeito de comparação, são mais de 29,6 mil anúncios ativos na cidade até abril de 2024, o que demonstra a popularidade do Airbnb no maior centro urbano do país.

As melhores cidades para investir

O desempenho financeiro varia muito entre as cidades brasileiras. A Hostnjoy calculou a receita mensal típica para diferentes regiões e tipos de propriedade. As faixas abaixo mostram quanto os anfitriões conseguem faturar em média:

Cidade / Tipo de imóvelReceita mensal estimada (R$)Ocupação típica
São Paulo – quarto individual2.500–7.250Grande demanda e ocupação acima de 70 %
São Paulo – casa ou apartamento inteiro15.000–27.500Taxa de ocupação alta; hóspedes corporativos e turistas
Rio de Janeiro – quarto2.200–5.800Altíssima procura em feriados e verão
Rio de Janeiro – imóvel inteiro13.000–25.000Alta sazonalidade, tarifas elevadas em alta temporada
Belo Horizonte – quarto1.800–4.900Demanda consistente, especialmente por viajantes de negócios
Belo Horizonte – imóvel inteiro9.500–18.700Menor concorrência que nas capitais costeiras
Salvador – quarto1.600–4.700Mercado sazonal (Carnaval, verão)
Salvador – imóvel inteiro9.000–16.500Alta taxa de ocupação em períodos turísticos
Florianópolis – quarto1.700–4.900Popular entre surfistas e nômades digitais
Florianópolis – imóvel inteiro7.300–14.900Demanda forte no verão, ocupação moderada no resto do ano

Esses intervalos indicam o potencial de ganhos brutos antes dos custos. Note que a diferença entre as faixas mais baixas e mais altas depende de fatores como localização exata (bairro), qualidade do imóvel, experiência do anfitrião e sazonalidade.

Principais fatores que determinam o faturamento

Localização e perfil da cidade

O endereço é determinante no valor que você consegue cobrar. Imóveis em bairros turísticos, próximos a praias ou centros de convenções tendem a ter diárias mais altas e maior ocupação, sobretudo em metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. Por outro lado, cidades de médio porte podem oferecer menor concorrência e custos de aquisição mais baixos, elevando a rentabilidade em relação ao investimento inicial.

Tipo e tamanho do imóvel

Em grandes capitais, apartamentos de quarto único e studios são os mais comuns, pois atendem viajantes solo ou casais. Já em cidades turísticas de lazer, casas inteiras com 2 ou mais quartos permitem acomodar famílias ou grupos e, por isso, alcançam diárias maiores. Como mostra a tabela acima, um imóvel inteiro em São Paulo pode gerar até quatro vezes mais receita mensal que um quarto avulso, mas também exige investimento inicial maior e custos de manutenção mais altos.

Taxa de ocupação

Mais importante que a tarifa diária é a ocupação, ou seja, quantos dias por mês o imóvel está reservado. Na média, 71 % de ocupação foi registrada em 2024, mas essa taxa pode variar de 50 % em mercados saturados ou em baixa temporada a mais de 90 % em áreas com forte turismo ou gestão profissional. Para incrementar a ocupação, é essencial:

  • Definir preços competitivos com base em pesquisas de mercado e ferramentas de precificação dinâmica.
  • Ter fotos profissionais e descrição detalhada, que transmitam confiança e encantem o hóspede.
  • Responder rápido a dúvidas e solicitações; o algoritmo do Airbnb valoriza anfitriões que interagem com agilidade.
  • Oferecer comodidades extras (Wi‑Fi de alta velocidade, ar condicionado, vaga de garagem, cozinha equipada), que justificam tarifas maiores e avaliações positivas.

Tarifa diária

Mesmo com alta ocupação, a rentabilidade cai se a tarifa diária estiver abaixo da média. Em São Paulo, a tarifa diária média medida pelo Airbtics foi de US$ 43 (cerca de R$ 215). O valor ideal depende das características do imóvel e das datas. Em períodos de alta demanda (Ano Novo, Carnaval, férias escolares, grandes eventos corporativos), é possível multiplicar a tarifa sem perder reservas. Em baixa temporada, diminuir o preço ou oferecer descontos para estadias longas mantém o fluxo de caixa.

Sazonalidade e eventos locais

A temporada influencia diretamente nos ganhos. Praias do Nordeste, por exemplo, lotam no verão e esvaziam no outono. Cidades históricas movimentam‑se durante festivais culturais, enquanto capitais recebem fluxo constante de negócios. Fique atento a eventos esportivos, shows, congressos e feriados prolongados na sua região para ajustar tarifas e garantir reservas antecipadas.

Custos operacionais

Ao calcular o quanto você realmente “leva para casa”, é preciso subtrair despesas fixas e variáveis. A Hostnjoy lista os principais custos:

  • Comissão do Airbnb: 3 % do valor da reserva.
  • Limpeza: entre R$ 80 e R$ 200 por estadia. Se você faz gestão remota, precisa contratar diaristas.
  • Amenities e suprimentos (sabonetes, papel higiênico, café, água mineral): cerca de R$ 150–300 por mês.
  • Manutenção: estimada em 8 % a 12 % do faturamento para cobrir reparos, pintura e substituição de móveis.
  • Impostos: dependendo do enquadramento fiscal, paga‑se ISS ou IRPF sobre a renda. É recomendável consultar um contador.

Quando considerados todos esses custos, a margem líquida pode variar de 50 % a 70 % da receita bruta — e é aí que a eficiência do gestor faz toda a diferença.

Estudos de caso: histórias de sucesso

A seguir, três casos reais analisados pela Hostnjoy que demonstram diferentes estratégias e retornos:

1. Savassi, Belo Horizonte – apartamento de 2 quartos

  • Receita anual: R$ 67.200 (média de R$ 5.600/mês).
  • Custos totais: R$ 18.500 (comissão, limpeza, amenities, manutenção e impostos).
  • Lucro líquido: R$ 48.700, representando 574 % de retorno sobre o capital investido.
  • Estratégias de sucesso: localização central (bairro Savassi), decoração moderna, auto check‑in com fechadura digital e tarifação dinâmica para eventos na região.

2. Zona Sul de São Paulo – casa com quintal

  • Receita anual: R$ 96.800 (cerca de R$ 8.066/mês).
  • Custos totais: R$ 26.200.
  • Lucro líquido: R$ 70.600, retorno de 470 %.
  • Diferenciais: quintal com churrasqueira, vaga de garagem, kit infantil (berço e brinquedos), parceria com empresa de limpeza para troca de enxoval rápido.

3. Kitnet no Centro do Rio de Janeiro

  • Receita anual: R$ 31.800 (R$ 2.650/mês).
  • Custos: R$ 8.900.
  • Lucro líquido: R$ 22.900, retorno de 545 %.
  • Fatores de sucesso: localização estratégica (próximo aos pontos turísticos), decoração “instagramável”, preço competitivo e respostas rápidas a hóspedes.

Os três exemplos mostram que, mesmo em imóveis menores ou em mercados competitivos, a gestão profissional e atenção aos detalhes podem multiplicar o faturamento. Os anfitriões que investem em conforto, tecnologia e comunicação superam amplamente a média nacional.

Ganhos x aluguel tradicional

Comparar o Airbnb com o aluguel tradicional ajuda a entender o potencial de ganho. Enquanto o aluguel de longo prazo em grandes cidades gira em torno de R$ 2 mil por mês, os imóveis listados no Airbnb podem faturar de R$ 3 mil a R$ 8 mil no primeiro mês, escalando para R$ 10–15 mil em seis meses conforme experiência e avaliações positivas. Essa diferença existe porque a tarifa diária, mesmo que mais baixa em alguns dias, tende a superar o valor proporcional do aluguel convencional. No entanto, é preciso considerar a maior dedicação operacional e a sazonalidade.

Além disso, a Hostnjoy estima que o retorno anual sobre o investimento imobiliário via aluguel por temporada varia de 18 % a 35 % ao ano, contra 4 % a 8 % no aluguel de longo prazo. Esse ROI elevado se justifica quando o imóvel está bem localizado, decorado e gerido com precisão. Para quem tem perfil de investidor, combinar renda recorrente com valorização patrimonial torna‑se uma estratégia atrativa.

Estratégias para maximizar seu faturamento

1. Precificação inteligente e dinâmica

Não basta definir um valor fixo de diária. Utilize ferramentas de precificação dinâmica ou acompanhe a concorrência manualmente para ajustar tarifas conforme a procura. Em feriados e eventos locais, aumente os preços; em períodos de baixa, ofereça descontos para estadias mais longas ou combine tarifas flexíveis (por semana ou mês).

2. Invista em qualidade e conforto

Imóveis bem decorados, com roupas de cama de qualidade, cozinha equipada e detalhes como tomadas USB e Wi‑Fi de fibra ótica se destacam nas fotos e atraem hóspedes dispostos a pagar mais. Pequenos investimentos em design e hospitalidade geram avaliações positivas e melhoram a ocupação.

3. Descreva e anuncie com honestidade

Anúncios transparentes — que mostram os pontos fortes e as limitações do imóvel — evitam problemas na estadia e garantem avaliações melhores. Use fotos profissionais, faça tour virtual e acrescente legendas detalhadas. Não prometa o que não pode cumprir.

4. Automatize check‑in e comunicação

Ferramentas de auto check‑in (fechadura eletrônica ou cofre de chaves) reduzem a necessidade de se deslocar até o imóvel e agradam os hóspedes. Scripts de mensagens pré‑configurados agilizam respostas a dúvidas comuns e instruções de chegada. Plataformas como o Guestfier oferecem automação de check‑in, gestão de reservas e integração com canais, reduzindo o trabalho do anfitrião.

5. Crie diferenciais únicos

Se muitos imóveis da sua região oferecem estrutura semelhante, procure diferenciais: uma rede de descanso na varanda, bicicletas gratuitas, jardim com churrasqueira, cafeteira Nespresso com cápsulas, decoração temática, guia digital com recomendações locais. Esses “mimos” fazem o hóspede lembrar do seu anúncio e aumentam a chance de retorno.

6. Mantenha um padrão profissional

Ser anfitrião no Airbnb é administrar um negócio. Reserve um capital para manutenção preventiva, capacite‑se em hospitalidade e marketing digital, registre‑se nos órgãos fiscais e busque ajuda profissional quando necessário. A Hostnjoy aponta que gestores profissionais conseguem aumentar a receita entre 60 % e 120 % em comparação aos anfitriões iniciantes.

7. Use a tecnologia a seu favor com a Guestfier

O Guestfier oferece soluções completas para anfitriões: automação do check‑in com fechaduras inteligentes, gerenciamento de múltiplos canais (Airbnb, Booking, Expedia), integração com limpeza e manutenção, além de ferramentas de comunicação automática com hóspedes. Ao centralizar a gestão, você economiza tempo, reduz erros humanos e melhora a experiência do cliente, o que se traduz em melhores avaliações e maior ocupação. A plataforma ainda fornece relatórios detalhados para acompanhar seu faturamento e identificar oportunidades de otimização.

Conclusão: dá para ganhar bem, mas exige dedicação

Ganhar dinheiro anunciando no Airbnb no Brasil é totalmente possível, e os números comprovam isso. Receitas mensais entre R$ 3 mil e R$ 10 mil são realidade para muitos anfitriões, podendo chegar a R$ 20 mil ou mais em imóveis maiores e bem geridos. Entretanto, os valores dependem diretamente de uma série de fatores: localização, tipo de imóvel, sazonalidade, precificação e, principalmente, da qualidade da gestão.

Ao longo deste guia, apresentamos dados concretos sobre receita média, ocupação, custos e estudos de caso que ilustram o potencial do mercado. Também mostramos que a renda líquida depende do controle de despesas e da profissionalização do serviço. A boa notícia é que, com planejamento, atenção aos detalhes e uso de ferramentas como a Guestfier, você pode aumentar as chances de sucesso e transformar o Airbnb em uma fonte de renda consistente e escalável. Está pronto para começar?

1 comentário em “Quanto dá para ganhar anunciando no Airbnb no Brasil? Guia 2025”

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